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Cientistas anunciam 1º supercomputador com capacidade similar a do cérebro humano

Batizado de DeepSouth, o dispositivo é capaz de emular eficientemente grandes redes de neurônios
Por History Channel Brasil em 24 de Dezembro de 2023 às 16:14 HS
Cientistas anunciam 1º supercomputador com capacidade similar a do cérebro humano-0

O primeiro supercomputador do mundo capaz de simular as capacidades do cérebro humano foi anunciado por pesquisadores da Universidade Ocidental de Sydney, na Austrália. Batizado de DeepSouth, o equipamento usa um sistema neuromórfico que imita processos biológicos. De acordo com os cientistas,  o dispositivo é capaz de emular eficientemente grandes redes de neurônios, atingindo picos de 228 trilhões de operações sinápticas por segundo.

Segundo André van Schaik, diretor do Centro Internacional de Sistemas Neuromórficos da Universidade Ocidental de Sydney, o DeepSouth se destaca de outros supercomputadores porque foi desenvolvido especificamente para operar como as redes de neurônios. Isso faz com ele demande menos energia, permitindo maior eficiência. Essa característica contrasta com os supercomputadores otimizados para cargas de computação mais tradicionais, que consomem muita energia.

Supercomputador DeepSouth
Supercomputador DeepSouth (Imagem: Western Sydney University/Divulgação)

“O progresso na nossa compreensão de como os cérebros computam usando neurônios é dificultado pela nossa incapacidade de simular redes semelhantes às cerebrais em grande escala. Simular picos de redes neurais em computadores padrão usando Unidades de Processamento Gráfico (GPUs) e Unidades Centrais de Processamento (CPUs) multicore é muito lento e consome muita energia. Nosso sistema vai mudar isso”, afirmou van Schaik.

Van Schaik explicou que, na prática, isto levará a avanços que serão aplicados em dispositivos inteligentes, como telefones móveis, sensores para a indústria e a agricultura, e aplicações de Inteligência Artificial (IA) mais inteligentes e com menor consumo de energia. “Esta plataforma irá progredir na nossa compreensão do cérebro e desenvolver aplicações de computação à escala cerebral em diversos campos, incluindo aplicações de detecção, biomédica, robótica, espacial e IA em grande escala”. A previsão é que o equipamento comece a funcionar em abril de 2024.

Fontes
Western Sydney University
Imagens
iStock