Estudo sugere que missão a Marte seja composta por uma tripulação só de mulheres

A ida de humanos a Marte é uma realidade cada vez mais próxima. Embora os astronautas que farão parte da missão ainda não foram escolhidos, há muito tempo pesquisadores apontaram os candidatos ideais. As candidatas, na verdade: há mais de 60 anos cientistas sugerem que as mulheres poderiam se sair melhor que os homens em uma jornada ao Planeta Vermelho. 

A proposta original de usar mulheres em missões a Marte foi feita no final da década de 1950 por W. Randolph Lovelace II e Don D. Flickinger, ex-presidente e vice-presidente do Comitê Especial de Ciências da Vida da NASA. A dupla de cientistas observou que as mulheres são mais leves (e, portanto, requerem menos oxigênio), que elas têm menos ataques cardíacos e que seus sistemas reprodutivos correm menos risco de radiação. Mas, devido aos preconceitos da época, eles não foram ouvidos com atenção por seus colegas.

O argumento foi retomado no ano 2000 por outro cientista da NASA, Geoffrey Landis. “As mulheres são em média menores que os homens: usam menos oxigênio, consomem menos mantimentos, produzem menos dióxido de carbono. Eles têm menor massa e ocupam menos volume. O argumento para uma tripulação exclusivamente feminina é simples: tal tripulação exigiria consideravelmente menos suporte técnico… e permitiria uma espaçonave menor. Isso produziria uma economia considerável de custos”, escreveu ele.

Um estudo recente da Agência Espacial Europeia endossa essa teoria. De acordo com os cientistas, o corpo feminino requer, em média, 26% menos calorias, 29% menos oxigênio e 18% menos água do que o de um homem. Isso quer dizer que uma missão espacial de 1.080 dias tripulada por quatro mulheres precisaria de 1.695 quilos a menos de comida em comparação com uma missão exclusivamente masculina.