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Destroços do navio que avisou Titanic sobre o iceberg são encontrados após 100 anos

Embarcação mercante enviou mensagem para a tripulação do transatlântico, mas não conseguiu evitar a tragédia
Por History Channel Brasil em 29 de Setembro de 2022 às 10:05 HS
Destroços do navio que avisou Titanic sobre o iceberg são encontrados após 100 anos-0

Em 1912, o navio mercante SS Mesaba estava cruzando o Atlântico e enviou uma mensagem de rádio alertando a tripulação do Titanic a respeito da presença de icebergs perigosos. A mensagem foi recebida, mas nunca chegou à ponte de comando. Pouco tempo depois, o supostamente inafundável navio atingiu um bloco de gelo e naufragou em sua viagem inaugural, causando uma tragédia.

Torpedeado por submarino

O SS Mesaba continuou a navegar como um navio mercante pelos próximos seis anos antes de ser torpedeado por um submarino alemão em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial. Agora, após mais de cem anos, seus destroços foram finalmente encontrados no Mar da Irlanda. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Bangor, no País de Gales, usando um sonar multifeixe de última geração a bordo do navio de pesquisa Prince Madog.

SS Mesaba
SS Mesaba (Imagem: State Library of Queensland, via Universidade de Bangor)

Identificar o naufrágio foi uma tarefa desafiadora, pois o Mar da Irlanda está repleto de destroços de 273 navios em apenas 19.424 quilômetros quadrados de fundo do mar. "As capacidades únicas de sonar do Prince Madog nos permitiram desenvolver um meio de custo relativamente baixo para examinar os destroços", disse Innes McCartney, arqueólogo náutico e historiador. Segundo ele, a técnica é um ‘divisor de águas’ para a arqueologia marinha.

O Titanic afundou nas águas geladas do Atlântico Norte na madrugada de 15 de abril de 1912, deixando um saldo trágico de mais de 1.500 mortos. Localizados em 1985, os destroços do navio estão a 3.800 metros de profundidade, em uma região situada a cerca de 600 quilômetros ao sul de Newfoundland, no Canadá. Recentemente, foram reveladas imagens em altíssima definição dos restos da embarcação pela primeira vez.

Fontes
Universidade de Bangor e IFLScience
Imagens
Universidade de Bangor/Divulgação