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Estudo indica que imigrantes fazem bem para a economia de um país

Por History Channel Brasil em 22 de Setembro de 2019 às 19:11 HS
Estudo indica que imigrantes fazem bem para a economia de um país-0

Um estudo feito a partir de dados de fluxos migratórios na Europa nos últimos 30 anos revelou que a imigração traz resultados positivos para a economia. A pesquisa da Escola de Economia de Paris indica que os benefícios trazidos por refugiados e migrantes costumam aparecer nos países anfitriões depois de alguns anos. A análise contradiz a ideia de que a chegada de uma população estrangeira seria um peso nas finanças de uma nação.

Os pesquisadores usaram dados coletados entre 1985 e 2015 em 15 países da Europa Ocidental. O levantamento levou em contas mudanças no Produto Interno Bruto (PIB) per capita, na taxa de desemprego, nos gastos públicos e nos impostos arrecadados, cruzando dados econômicos e demográficos. O estudo constatou que, logo após um pico na migração, o PIB e a sustentabilidade da economia do país melhoram, enquanto as taxas de desemprego são derrubadas.

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O estudo sugere que a partir de dois anos após um fluxo migratório as taxas de desemprego caem significativamente e a saúde econômica aumenta. Esses efeitos seriam causados pelo aquecimento do mercado decorrente da prestação de serviços, ocupação de vagas de empregos e pagamento de impostos por parte dos imigrantes. A pesquisa indica que essa atividade econômica supera em muito os custos governamentais dos recém-chegados. Isso pode ser parcialmente explicado pelo fato de que os imigrantes tendem a ser jovens e adultos de meia-idade, menos dependentes dos benefícios estatais do que os idosos.

"Nossas descobertas sugerem que o debate político sobre imigração se concentra demais no suposto custo econômico dos imigrantes. Demonstramos que imigrantes permanentes ou requerentes de asilo não causam impacto econômico negativo", disse o pesquisador Hippolyte d’Albis, que liderou o estudo. "Portanto, é essencial centralizar novamente o debate sobre imigração nas dimensões política e diplomática", completou.


Fontes: Nature, CNRS e Veja

Imagem: Shutterstock.com