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Mais antiga pele fossilizada é encontrada por pesquisadores nos Estados Unidos

Pedaço de epiderme pertenceu a um animal que viveu há cerca de 288 milhões de anos
Por History Channel Brasil em 12 de Janeiro de 2024 às 13:07 HS
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Pesquisadores identificaram o mais antigo exemplar de pele fossilizada já descoberto. De acordo com os cientistas, o pedaço de epiderme pertenceu a um animal que viveu há cerca de 288 milhões de anos na região do atual Oklahoma, nos Estados Unidos. Um estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico científico Current Biology.

Rara preservação

O fóssil foi descoberto em um local conhecido como "sistema de cavernas de calcário Richards Spur". A pele e outros tecidos moles raramente se fossilizam, mas os pesquisadores acham que a preservação do exemplar foi possível neste caso devido às características únicas do sistema de cavernas. A ausência de oxigênio e outras peculiaridades do local ajudaram a retardar a decomposição do material.

Pele fossilizada mais antiga

“Os animais devem ter caído neste sistema de cavernas durante o início do Permiano e sido enterrados em sedimentos argilosos muito finos que atrasaram o processo de decomposição”, disse Ethan Mooney, líder do estudo e estudante de pós-graduação em paleontologia da Universidade de Toronto. “Mas o mais importante é que este sistema de cavernas também foi um local ativo de infiltração de petróleo durante o Permiano, e as interações entre os hidrocarbonetos no petróleo e no alcatrão são provavelmente o que permitiu que esta pele fosse preservada", explicou.

O fóssil de pele é minúsculo, menor que uma unha. O fragmento apresenta características parecidas com a epiderme de répteis antigos e atuais, como uma superfície pedregosa semelhante à pele de crocodilo e regiões articuladas entre escamas epidérmicas que lembram estruturas presentes em cobras e lagartos. Porém, como o fóssil não está associado a um esqueleto ou qualquer outro vestígio, não é possível identificar a que espécie de animal ou região corporal a pele pertencia.

Fontes
Cell Press, via EurekAlert
Imagens
Current Biology/Mooney et al./Divulgação, via EurekAlert