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Múmias com retratos pintados são encontradas pela 1ª vez em mais de cem anos no Egito

Essas pinturas são tipicamente associadas a personalidades de alto status social do período ptolomaico
Por History Channel Brasil em 09 de Dezembro de 2022 às 10:15 HS
Múmias com retratos pintados são encontradas pela 1ª vez em mais de cem anos no Egito-0

Durante escavações no Egito, arqueólogos encontraram múmias sepultadas junto com pinturas que as retratam quando eram vivas. É a primeira vez em mais de cem anos que uma descoberta dessas acontece no país. Os retratos foram localizados no sítio arqueológico de Gerza, na antiga cidade de Filadélfia, na região de Fayum, a 120 quilômetros do Cairo.

Retratos de Fayum

Filadélfia foi fundada durante o período ptolomaico (304 a.C. a 30 a.C.), quando o Egito era governado por uma dinastia de faraós descendentes de um dos generais de Alexandre, o Grande. Escavações na necrópole do local revelaram vários restos humanos enterrados em diversos estilos, desde mumificação de alta qualidade até enterros simples. Os pesquisadores acreditam que o tipo de sepultamento refletia a condição financeira e o status social de cada indivíduo.

Sarcófago encontrado em Fayum

Os achados mais significativos são os chamados retratos de Fayum, pinturas em uma placa de madeira que retratam a pessoa falecida. Eles são tipicamente associados a personalidades de alto status social, geralmente encontrados acima das múmias das castas sociais superiores do Egito ptolomaico e romano, como líderes militares, funcionários públicos e figuras religiosas.

Em entrevista ao site Live Science, Basem Gehad, diretor da missão de escavação, disse que os retratos foram provavelmente pintados por artistas de Alexandria, cidade egípcia na costa do Mediterrâneo. Além das múmias e das pinturas, a equipe também escavou uma rara estátua de terracota da deusa Ísis-Afrodite em um dos caixões de madeira e inscrições em papiro escritas em letras demóticas e gregas que contam as histórias de vida das pessoas enterradas no local.

Fontes
Live Science e IFLScience
Imagens
Ministério do Turismo e das Antiguidades do Egito/Divulgação