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Seis acusados de integrar célula nazista se tornam réus em Santa Catarina

Ministério Público do Estado aceitou denúncia contra os homens presos por praticar crimes de racismo e disseminação de ódio
Por History Channel Brasil em 19 de Dezembro de 2022 às 12:25 HS
Seis acusados de integrar célula nazista se tornam réus em Santa Catarina-0

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou seis pessoas acusadas de integrar uma célula nazista, praticar crimes de racismo e disseminar o ódio com uso de armas de fogo. Presos desde 20 de outubro, eles tiveram suas prisões temporárias convertidas em preventivas. Os suspeitos atuavam nas cidades de São Miguel do Oeste, Joinville, Florianópolis e São José. 

Treinamentos paramilitares

A Polícia Civil chegou até a célula nazista depois de prender um dos réus em flagrante por tráfico de drogas em São Miguel do Oeste. De acordo com as investigações, o grupo chegou a se encontrar em um sítio no município de Biguaçu. No local, eles faziam uma série de discursos de ódio contra judeus, pronunciamentos em língua alemã e idolatrando Adolf Hitler, utilizando uma bandeira estampada com a cruz suástica.

O sítio também servia de palco para treinamentos paramilitares com porte ilegal de armas. O grupo registrava tudo em fotos, vídeos e conversas em aplicativos de mensagens. Segundo a denúncia do Ministério Público "os vídeos e imagens reunidos mostram que todos os envolvidos estavam neste sítio prestando apoio àquelas condutas, estando vinculados subjetivamente na prática da discriminação, desrespeito e preconceito à religião judaica". Na casa de um dos acusados foram encontrados grande quantidade de material de cunho racista e nazista e ainda uma série de conteúdos de pornografia envolvendo crianças e adolescentes.

Com o grupo foram apreendidos celulares, notebooks, facas, roupas com símbolos nazistas, capacetes do modelo usado pelo exército alemão na Segunda Guerra Mundial, apostilas e livros sobre o tema, munições, armas de fogo e diversos materiais de ideologia nazista. "Além de fotografias e vídeos do grupo cometendo atos de discriminação da religião judaica e contínua idolatria ao nazismo, veiculavam, ostentavam e difundiam símbolo que utilizava a cruz suástica para fins de divulgação do nazismo. Estavam também associados, de forma estável e permanente, para o fim específico de cometer crimes, sendo que a associação era armada", diz a denúncia do Ministério Público.

Fontes
Ministério Público de Santa Catarina
Imagens
Polícia Civil de SC/Reprodução