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Sérgio Ricardo, grande nome da música brasileira, morre aos 88 anos

Por History Channel Brasil em 23 de Julho de 2020 às 16:25 HS
Sérgio Ricardo, grande nome da música brasileira, morre aos 88 anos-0

O cantor e compositor Sérgio Ricardo morreu de insuficiência cardíaca em 23 de julho de 2020, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde abril, quando contraiu o novo coronavírus. Segundo a família, ele se curou da COVID-19, mas precisou permanecer no hospital porque continuava com a saúde fragilizada. 

Nascido em Marília (SP), Sérgio Ricardo começou a estudar piano na infância. Aos 20 anos, se mudou para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar como locutor de rádio. Pouco depois, passou a atuar como pianista na noite carioca.

Em 1958, Miele apresenta Sérgio a João Gilberto na casa de Nara Leão, onde ele  se integra ao movimento musical que estava surgindo, a bossa nova. O músico foi um dos primeiros a gravar um LP nesse estilo, “A Bossa Romântica de Sérgio Ricardo” (Odeon), contendo apenas músicas próprias.

Em 21 de novembro de 1962, Sérgio tocou no histórico Festival da Bossa Nova, no Carnegie Hall, em Nova York, onde ficou por oito meses. De volta ao Brasil, é levado para os estúdios da Philips, por seu produtor Aloysio de Oliveira, para gravar seu terceiro LP, "Um Senhor Talento".  Em 1963, Sérgio compôs a trilha sonora para “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, um dos filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos. 

Na TV Record, no III Festival da Canção de 1967, com a canção "Beto Bom de Bola" ele protagonizou o célebre episódio em que quebrou seu violão e o lançou sobre a plateia, motivado pelo som das vaias que o impedia de executar a canção no palco, sendo eliminado da final após o incidente. “Vocês não estão entendendo nada!”, gritou ele para o público na ocasião. 

Nos anos seguintes, ele continuou a gravar e se apresentar com regularidade. Além da música, Sérgio Ricardo também dirigiu e atuou em filmes como “Esse Mundo é Meu” (1964), “Juliana do Amor Perdido” (1970) e “A Noite do Espantalho” (1974).


Imagem: Ana Rezende/Biscoito Fino/Reprodução