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5 mitos sobre o Cristianismo revelados

Por History Channel Brasil em 12 de Abril de 2017 às 19:23 HS
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Grande parte da história dos primeiros cristãos, que chega até os nossos dias, surgiu em períodos muito posteriores aos de seu suposto acontecimento.

E, segundo a escritora e teóloga Candida Moss, muitos dos fatos relatados não correspondem totalmente à realidade. Estes são alguns dos mitos revelados por Moss:

Não eram cristãos: Embora seja uma alcunha dada a eles, Jesus e seus discípulos eram judeus. Eles cumpriam com os rituais religiosos do Judaísmo e eram adeptos da escritura hebraica. Nenhum dos discípulos, nem os evangelhos ou as epístolas na segunda metade do século I usam a palavra “cristão”.

Não concordavam entre si: Por mais unidos que fossem, houve várias divergências e confrontos entre os discípulos de Jesus. Paulo chegou a se referir a Pedro como um hipócrita em sua Epístola aos Gálatas, entre vários outros conflitos com diversos apóstolos sobre os requisitos religiosos para gentios e judeus. Isso não acontecia somente entre os apóstolos, mas havia vários debates sobre questões importantes para a religião católica, como alguns sacramentos, o papel da mulher, a data da Páscoa, etc.

Eles não possuíam Bíblias cristãs: Levou quase um século, após a morte de Jesus, para que fossem escritos os livros do Novo Testamento. Somente no ano de 367 d.C. que foi organizada a lista definitiva dos livros que constituem as escrituras atuais.

Nunca se esconderam em catacumbas: Segundo Moss, ao contrário da crença popular, os cristãos nunca se esconderam em catacumbas. Eles reverenciavam os mortos com comidas especiais, adaptando rituais pagãos romanos, ou celebravam a Eucaristia, mas não utilizavam as catacumbas como esconderijo, uma vez que teriam sido descobertos rapidamente. De acordo com a autora, esse mito surgiu como uma atração turística e se mostrou bastante bem-sucedido.

Pedro não foi crucificado de cabeça para baixo por causa de sua humildade: A versão mais popular do martírio de Pedro diz que ele pediu que fosse crucificado de cabeça para baixo porque sua modéstia impedia que o crucificassem da mesma forma que Jesus. No entanto, de acordo com os Atos de Pedro (um dos primeiros livros apócrifos), o apóstolo de Cristo insistiu em ser crucificado desse modo por causa do pecado de Adão e Eva, que, segundo ele, havia colocado o bem e o mal ao contrário, manifestando, assim, seu ódio.

 


Fonte: The Daily Beast
Imagem: Liljam/Shutterstock