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7 abolicionistas brasileiros para se ter orgulho

Por History Channel Brasil em 29 de Novembro de 2016 às 11:25 HS
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Conheça alguns abolicionistas brasileiros que arregaçaram as mangas e lutaram para libertar os escravos! 

Não pense que por aqui a abolição da escravatura, em 1888, aconteceu porque os patrões se deram conta de que a escravidão era uma prática perversa.

O questionamento a respeito do tráfico de escravos e da situação desumana a qual eram submetidos vem de muito, muito antes. Foi preciso bastante tempo e trabalho até essa história surtir algum efeito.

Ao longo da história da luta abolicionista no Brasil existem nomes que não podemos esquecer: Dragão do Mar, André Rebouças, Paula Brito e tantos outros que arregaçaram as mangas e lutaram de verdade pelo fim da escravidão no Brasil. Alguns não viveram o suficiente para ver os escravos livres.

 

Conheça rapidamente a história de 7 grandes abolicionistas brasileiros!

 

Dragão do Mar

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O cearense Francisco José do Nascimento, conhecido como "Dragão do Mar", foi um dos grandes abolicionistas do nordeste brasileiro. Recusava-se a transportar escravos em sua jangada e, em 1881, liderou a greve dos jangadeiros contra a escravidão. No Ceará a escravidão acabou sendo extinta quatro anos antes da Lei Áurea.

 

Castro Alves

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Um dos abolicionistas mais famosos, é célebre por seus poemas engajados, entre os quais, Vozes d’ África e Navio Negreiro. Fundou em 1869 a Sociedade Libertadora 7 de Setembro na Bahia. Atuante, conseguiu alforria para 500 escravos e difundiu a luta em prol dos ideais de liberdade em um jornal chamado “Abolicionista”. Morreu aos 24 anos, em 1871 sem ver a Lei Áurea ser assinada.

 

André Rebouças

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O engenheiro André Rebouças é uma das grandes vozes da luta abolicionista brasileira. Participou da criação de algumas agremiações antiescravistas, como a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, a Sociedade Abolicionista e a Sociedade Central de Imigração. Defendia a emancipação do escravo e sua total integração social por meio da aquisição de terras. Com a proclamação da República teve que exilar-se na Europa, onde viveu até sua morte, em 1898, aos 60 anos. Antes disso, ajudou a desenvolver as colônias portuguesas na África.

 

Francisco de Paula Brito

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Tipógrafo, jornalista, editor, tradutor, dramaturgo, letrista, contista e um dos grandes nomes da imprensa brasileira.  Publicou “O Homem de Cor”, primeiro jornal antirracista que mais tarde passou a ser chamado de “O Mulato”. Morreu aos 52 anos, 1861, sem ter visto a abolição da escravatura no seu país.

 

Luís Gama

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Poeta abolicionista nascido em 1830, era filho de mãe escrava e pai branco. Foi vendido como escravo aos 10 anos de idade e só aprendeu a ler aos 17. Conquistou sua liberdade provando ser um homem livre diante da lei. Alistou-se no Exército, foi escrivão de Polícia, jornalista e advogado atuante em prol da causa abolicionista. Libertou mais de 500 escravos. É considerado um dos expoentes do Romancismo no Brasil.

 

Joaquim Nabuco

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Foi um diplomata, jornalista, político abolicionista e um dos criadores da Academia Brasileira de Letras. Em 1880 fundou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, que contava com a participação de André Rebouças. Entre suas obras voltadas ao tema estão O Abolicionismo (1883) e Escravos (1886). Nabuco também era um fervoroso defensor da total separação entre Estado e Igreja – o tão debatido estado laico.

 

José do Patrocínio

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Filho de uma quitandeira com um padre, José do Patrocínio foi um desses abolicionistas que tinham a alma inspirada.  Era um jornalista polêmico e orador eloquente. Com o jornal Gazeta da Tarde fez ampliar a voz dos ideais abolicionistas. Terminou exilado por criticar demais o governo e problematizar a questão da população negra que, após a Lei Áurea, ainda continuava miserável.

 


Fonte: Museu Afro Brasil
Imagens: Wikimedia Commons - Angelo Agostini / Castro Alves / Rodolfo Bernardelli / Luís Gama / Joaquim Nabuco / História da Literatura Brasileira