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Arqueólogos encontram "camas" pré-históricas de 200 mil anos na África do Sul

Por History Channel Brasil em 14 de Agosto de 2020 às 21:18 HS
Arqueólogos encontram "camas" pré-históricas de 200 mil anos na África do Sul-0

Não é de hoje que os humanos procuram lugares aconchegantes para descansar. Pesquisadores encontraram evidências de que as pessoas usavam cobertores de grama para criar locais confortáveis para dormir há pelo menos 200 mil anos. Essas "camas" primitivas foram descobertas na caverna Border Cave, na fronteira entre África do Sul e Suazilândia.

As camas consistem de feixes de grama da subfamília Panicoideae, caracterizada por folhas largas. Elas foram localizadas nas proximidades da parte de trás da caverna junto com camadas de cinzas. De acordo com os pesquisadores, essas cinzas eram usadas para proteger as pessoas contra insetos rastejantes enquanto dormiam. Várias culturas antigas usavam o material como repelente, pois os insetos não conseguem se mover facilmente pelo pó fino.

Atualmente, o que restou dessas camas são resquícios fossilizados que puderam ser identificados usando equipamentos de alta ampliação e análises químicas. No local, os pesquisadores também encontraram resquícios de fogueiras que provavelmente eram acendidas regularmente. “Nossa pesquisa mostra que há mais de 200 mil anos, perto da origem de nossa espécie, as pessoas eram capazes de produzir fogo à vontade, usando esse fogo, cinzas e plantas medicinais para manter os acampamentos limpos e livres de pragas. Essas práticas podem ter resultado em benefícios à saúde que se mostraram vantajosos para essas comunidades primitivas”.

O estudo, publicado na revista Science, foi conduzido por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores internacionais. Entre as instituições que participaram da pesquisa estão Universidade de Witwatersrand (África do Sul), Universidades de Bordeaux e Côte d’Azur (França), Instituto Superior de Estudos Sociais de Tucumán, (Argentina) e o Instituto Real do Patrimônio Cultural (Bélgica). 

Arqueólogos encontram


Fonte: Universidade de Witwatersrand 

Imagens: Universidade de Witwatersrand/Reprodução