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Como lidar com a atual crise da imigração no mundo?

Por History Channel Brasil em 05 de Outubro de 2015 às 15:05 HS
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Seja porque estão fugindo de guerras, de recessões econômicas, ou dos dois, as pessoas cruzam diariamente as fronteiras à procura de uma vida digna. E a comunidade global tem que lidar com esse problema.

Pela primeira vez na história, a União Europeia está enfrentando um fluxo maciço de refugiados, procedentes de regiões próximas. Enquanto alguns veem esse fenômeno como passageiro, muitos se perguntam se essa tendência chegou para ficar. Mas a resposta pode estar nas mãos das sociedades e de seus líderes, que são obrigados a adotar políticas para controlar o fenômeno em escala nacional, regional e global.

Mundialmente, o número de migrantes está diretamente relacionado com o número de guerras e com os direitos humanos cerceados pelo poder local ou por forças dominantes. E dentro disso, há uma série interminável de conflitos armados, internos e regionais em todo o mundo, concentrados principalmente no Oriente Médio e na África. Se as nações do mundo fossem capazes de enfrentar as causas profundas dessas disputas, o número de migrantes no mundo seria drasticamente reduzido.

Além disso, as leis vigentes sobre imigração são obsoletas, o que é bastante lógico, se considerarmos que o regime mundial de refugiados foi estabelecido em um momento muito particular da história, no Holocausto e na Guerra Fria. A Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados define o refugiado como alguém que foge de uma “perseguição”, seja por questões de raça, de crença religiosa, de nacionalidade, de pertencimento social ou de opinião política. A ideia de proteger as pessoas cujos governos não são capazes de fazê-lo não existia até então e, hoje, os enormes deslocamentos migratórios são cada vez mais complexos – a maioria não se encaixa adequadamente na Convenção de 1951.

As mudanças climáticas, a fome e a violência generalizada, por exemplo, representam atualmente as causas mais comuns dos grandes fluxos migratórios. Quando o Estado é forte, o governo pode, geralmente e até certo ponto, dar soluções às pessoas afetadas. Mas isso é impossível quando o Estado é frágil. As pessoas que são excluídas da definição internacional de refugiado, mesmo que o sejam acabam sofrendo grandes privações de seus direitos socioeconômicos – trata-se de um grupo muito grande de pessoas, ao qual poderíamos chamar de “migrantes pela sobrevivência”.

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Fonte: The Guardian 

Imagem: fpolat69 / Shutterstock.com