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Segunda Guerra e xenofobia no Brasil: imigrantes de países rivais sofreram

Por History Channel Brasil em 25 de Junho de 2019 às 16:24 HS
Segunda Guerra e xenofobia no Brasil: imigrantes de países rivais sofreram -0

Por Thiago Gomide do Tá na História.

Parceria HISTORY e Ta Na História

Submarinos nazistas atingiram navios brasileiros. Isso ajudou a forçar a nossa entrada na Segunda Guerra Mundial.

Declaramos guerra ao Eixo, leia-se Alemanha, Japão e Itália, em 1942.

A partir desse momento, aqui no Brasil, há um aumento na perseguição aos povos alemão, japonês e italiano, chamados de Quinta Coluna. Esse era um jeito de dizer que eram espiões.

Nem as crianças foram poupadas.

A locomoção no país foi cerceada. Bens foram confiscados. Livros, jornais, revistas foram apreendidos e destruídos. Manifestações religiosas foram proibidas. Ataques a estabelecimentos comerciais. Teve até demolição de lápides.    

Falar as línguas nativas foi proibido em lugares públicos, com eventuais prisões.

Nas escolas, não podia ensinar alemão, italiano, japonês. Inclusive há relatos e relatos de escolas que tiveram que trocar o nome.

No Rio de Janeiro, três exemplos emblemáticos: o Bar Luiz se chamava Bar Adolph, por causa do nome do antigo dono. Nada a ver com Hitler.

Foi atacado por estudantes. A confusão foi tão grande que, como já disse, tiveram que trocar o nome.  

O Clube Germânia, tradicionalíssimo, a comunidade alemã se encontrava ali, ficava no Flamengo. Getúlio Vargas tomou e entregou o prédio para a União Nacional dos Estudantes, a UNE.

O Hospital Alemão, no Rio Comprido, tornou-se Hospital Itapagipe. Hoje é o Hospital Central da Aeronáutica. 

Em São Paulo, o Palmeiras se chamava Palestra Itália. Teve que mudar o nome.

Em Minas, o Cruzeiro se chamava Palestra Itália de Minas Gerais. Teve que mudar o nome.

Quer saber mais exemplos? Quer conhecer um dos campos de concentração que existiu no Brasil? Aperta o play!

 


THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ). 

A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.